quarta-feira, 29 de junho de 2011

Aparente...


Na penumbra  da noite também já verti grossas lágrimas.
Não foste só tu que choraste pelo amor que não veio.
A minha solidão não doeu menos que a tua,
Meu infortúnio também foi pesado.
Também provei do gosto amargo de perder a aspirada imagem ao despertar.
Não, não... meu ódio não foi menor que o teu
Já me vi puro escárnio .
E, no escuro da noite chuvosa, já chorei essa impura existência.
Sim, talvez eu já tenha visto o rosto da morte...
E ela me pode ter sido bela.
Ahh... e a mim, bem mais que a ti, a beleza não foi recanto.
O chão, o mais vil chão... a lama por onde rastejei, a tua face lívida jamais sonhou, sequer, fitar.
E o pesar dos teus versinhos, poetinha,  choram as magoas, por ti, criadas
Os meus, em falsa alegria, camuflam meu lado negro, agora, a ti revelado.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Querida, parabéns!
    O seu blog está cada dia mais lindo.
    Postei seu link p meus leitores conhecerem seu trabalho.
    Abraços despenteados!

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